quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

"Próxima" de Pelé, Marta comanda Brasil diante de Trinidad e Tobago.


Marta durante treino da seleção brasileira em Natal (Foto: Cíntia Barlem)Marta durante treino da seleção brasileira em Natal nesta terça (Foto: Cíntia Barlem)

Quando marcou lá em 2003 diante do Peru, pela Copa América, Marta começava a construir sua história com a camisa da Seleção. Com apenas 17 anos, ela dava o pontapé a uma trajetória de conquistas e fatos históricos. Mais um deles pode ser assegurado na noite desta quarta-feira, às 20h45 (21h45, de Brasília), diante de Trinidad e Tobago, pelo Torneio Internacional de Natal, na Arena das Dunas. Após marcar na goleada de 5 a 1 contra a Nova Zelândia, ela chegou a 93 gols com a camisa do Brasil. Está a dois de alcançar nada menos do que Pelé, que soma 95. A camisa 10 celebra a possibilidade, mas garante não ser sua prioridade. É sempre bom ter essas oportunidades. Eu fico muito feliz em poder estar vivendo isso quem sabe esse ano ainda conseguir esse recorde. Mas não é minha prioridade. A prioridade é que a gente possa fazer um grande torneio, conquistar novamente e principalmente por ser o primeiro aqui no Nordeste possamos conquistar ele aqui - disse Marta. A partida também tem outro objetivo pelas palavras do técnico Vadão. Mostrar como o futebol feminino é "mais puro" e sem simulações. O treinador diz ainda que a competição pode difundir ainda mais a modalidade que ainda enfrenta muito preconceito. Primeiro que é Brasil. Como estamos tendo muitas decepções no plano todo você ver um futebol diferente como é o feminino com poucas faltas, sem lances de malícia, de simular pênalti. É mais puro. Por esse lado é importante que o torcedor vá. Mais importante é o torcedor comprovar e sentir o calor de uma seleção que ainda existe muito preconceito. Pinta uma coisa aqui, uma coisa lá. De repente, ninguém mais fala na seleção feminina. Ninguém sabe o que aconteceu. É importante que as pessoas tenham essa aproximação porque tenho certeza que elas serão cativadas - afirmou Vadão.
Em campo, o comandante brasileiro promete um estilo bem verde-amarelo. Para o técnico, somente com muita ousadia a seleção poderá passar pelos adversários e também sonhar com o ouro olímpico ou com um título mundial. A busca pelo futebol vistoso seguirá no gramado da Arena nesta quarta-feira. O Brasil joga um futebol bonito, para frente, tentando buscar o gol de todas as formas. Estamos tentando implementar na seleção um estilo de jogo que é nosso e próprio do futebol. E para se ganhar uma Olimpíada ou um Mundial sabendo que tem outras seleções na nossa frente, a gente só vai ganhar se tivermos ousadia. Essa forma agressiva, agredindo a bola a todo momento, querendo ter a posse de bola. Nós jogamos com Estados Unidos lá com 58% de posse de bola dentro dos EUA e com 35 mil pessoas no estádio. Isso que estamos querendo porque se não não vamos conseguir ganhar a Olimpíada. Para chegar na final com Estados Unidos, por exemplo, você ainda vai pegar outras equipes fortes. Não dá para ganhar jogos no sufoco. Vai ganhar três, quatro no sufoco? Não. Só vai ganhar se estiver bem. O Brasil tem duas dúvidas na escalação. Formiga e Andressa Alves podem ser poupadas. Caso Vadão aposte na recuperação da dupla, o time entrará em campo com Bárbara; Poliana, Mônica, Rafaelle, Thaisa; Tamires, Andressinha, Formiga e Bia; Andressa Alves e Marta.
Por Direto de Natal, RN 

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