terça-feira, 18 de junho de 2013

Fátima Bezerra diz que Congresso precisa ouvir a voz das ruas


Fátima Bezerra: críticas ao Congresso e à
A deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN) saudou nesta terça-feira (18), no plenário da Câmara, as manifestações sociais protagonizadas pela juventude brasileira, que protestam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo e em defesa do direito à cidade em diversas regiões do Brasil. 
Fátima repudiou a forte repressão policial e violação de direitos humanos, ocorrida na semana passada em São Paulo, e elogiou o discurso da presidenta Dilma Rousseff que proferiu, também nesta terça-feira, que “o Brasil hoje acordou mais forte, e a grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia”. A deputada também não citou as manifestações de protesto contra o alto custo dos estádios de futebol construídos ou reformados para sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de Futebol em 2014.
A deputada não citou, no entanto, os excessos cometidos pela Polícia Militar também no Rio de Janeiro, governado por Sérgio Cabral (PMDB), aliado da presidente Dilma e que também criticou uma suposta politização dos protestos.
“Não poderia deixar de manifestar minha solidariedade à juventude que ousa lutar e reivindicar por mais avanços, bem como de repudiar a ação truculenta de setores da polícia militar que ainda não conseguiu transitar da cultura da ditadura para a cultura do Estado democrático de direito. Em Natal, os manifestantes também já enfrentaram as consequências da concepção de segurança pública vigente. O que tinha por objetivo desmobilizar os manifestantes terminou desencadeando mais indignação, fortalecendo o movimento denominado "Revolta do Busão", defensor de uma pauta de reivindicações que incorpora desde a revogação do aumento da tarifa ao passe livre para estudantes e desempregados”, declarou.
Fátima também criticou o papel do Congresso Nacional diante das transformações sociais em curso no país.  “Eu quero, mais uma vez, reafirmar que o Congresso Nacional não pode ficar surdo. Tem que ouvir as vozes das ruas, que gritam por avanços. É inaceitável que a agenda da reforma politica, da democratização dos meios de comunicação, do PNE com 10% do PIB e 100% dos royalties para educação, dos direitos LGBT e da mulher, das comunidades quilombolas e indígenas, entre outras, estejam mofando e não avancem no Parlamento”, disse. “Os gestores precisam ampliar o debate no sentido de construir soluções para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras. Quem está na rua aprendeu o que aprendemos quando decidimos construir o Partido dos Trabalhadores: sem luta, não há transformação”, completou.
 
Mídia
Fátima ressaltou, ainda, o papel perverso que a grande mídia tem  exercido na atual conjuntura política, ora criminalizando os movimentos sociais, ora tentando utilizá-los para fornecer discurso aos partidos políticos que, sem rumo e sem projeto para o país, buscam qualquer artifício para tentar desestabilizar o governo democrático e popular liderado pela presidenta Dilma Rousseff. “Esquece que o projeto elitista e conservador que afundou o Brasil na recessão econômica e na inflação foi derrotado em 2002, com a vitória eleitoral do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. O desejo da maioria da população brasileira não é retornar ao passado, mas sim dar continuidade aos avanços conquistados nos últimos dez anos”, completou.
Com informações da Assessoria

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