Fátima Bezerra: críticas ao Congresso e à
A deputada federal Fátima Bezerra
(PT-RN) saudou nesta terça-feira (18), no plenário da Câmara, as
manifestações sociais protagonizadas pela juventude brasileira, que
protestam contra o aumento das tarifas do transporte coletivo e em
defesa do direito à cidade em diversas regiões do Brasil.
Fátima repudiou a forte repressão
policial e violação de direitos humanos, ocorrida na semana passada em
São Paulo, e elogiou o discurso da presidenta Dilma Rousseff que
proferiu, também nesta terça-feira, que “o Brasil hoje acordou mais
forte, e a grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da
nossa democracia”. A deputada também não citou as manifestações de
protesto contra o alto custo dos estádios de futebol construídos ou
reformados para sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de
Futebol em 2014.
A deputada não citou, no entanto, os
excessos cometidos pela Polícia Militar também no Rio de Janeiro,
governado por Sérgio Cabral (PMDB), aliado da presidente Dilma e que
também criticou uma suposta politização dos protestos.
“Não poderia deixar de manifestar minha
solidariedade à juventude que ousa lutar e reivindicar por mais avanços,
bem como de repudiar a ação truculenta de setores da polícia militar
que ainda não conseguiu transitar da cultura da ditadura para a cultura
do Estado democrático de direito. Em Natal, os manifestantes também já
enfrentaram as consequências da concepção de segurança pública vigente. O
que tinha por objetivo desmobilizar os manifestantes terminou
desencadeando mais indignação, fortalecendo o movimento denominado
"Revolta do Busão", defensor de uma pauta de reivindicações que
incorpora desde a revogação do aumento da tarifa ao passe livre para
estudantes e desempregados”, declarou.
Fátima também criticou o papel do
Congresso Nacional diante das transformações sociais em curso no país.
“Eu quero, mais uma vez, reafirmar que o Congresso Nacional não pode
ficar surdo. Tem que ouvir as vozes das ruas, que gritam por avanços. É
inaceitável que a agenda da reforma politica, da democratização dos
meios de comunicação, do PNE com 10% do PIB e 100% dos royalties para
educação, dos direitos LGBT e da mulher, das comunidades quilombolas e
indígenas, entre outras, estejam mofando e não avancem no Parlamento”,
disse. “Os gestores precisam ampliar o debate no sentido de construir
soluções para o desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras.
Quem está na rua aprendeu o que aprendemos quando decidimos construir o
Partido dos Trabalhadores: sem luta, não há transformação”, completou.
Mídia
Fátima ressaltou, ainda, o papel
perverso que a grande mídia tem exercido na atual conjuntura política,
ora criminalizando os movimentos sociais, ora tentando utilizá-los para
fornecer discurso aos partidos políticos que, sem rumo e sem projeto
para o país, buscam qualquer artifício para tentar desestabilizar o
governo democrático e popular liderado pela presidenta Dilma Rousseff.
“Esquece que o projeto elitista e conservador que afundou o Brasil na
recessão econômica e na inflação foi derrotado em 2002, com a vitória
eleitoral do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. O desejo da
maioria da população brasileira não é retornar ao passado, mas sim dar
continuidade aos avanços conquistados nos últimos dez anos”, completou.
Com informações da Assessoria
Nenhum comentário:
Postar um comentário